regresso aos quotidianos liquidos. sopra um vento demasiado vivo. a água multiplica-se e nos seus fundos interiores as mágicas danças imitam a verdadeira vida. tudo está intimamente verde, demasiado verde. iluminam-se as árvores que sustentam as solitárias noites. iluminam-se os impérios do nada. por aqui a voz sonha. por aqui os sonhos não querem adormeçer. embora uma música se imponha como uma adiada promessa.
domingo, fevereiro 28, 2010
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
quinta-feira, fevereiro 25, 2010
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
terça-feira, fevereiro 16, 2010
MAIS ENTRUDO...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2V5M-JG3sAJ0S9Zzph2vWdLHpnFP-mITLd0odAoxyTKzmPjRyDf9hUnr0hMIB7eiqxUjFwIHQPRGvb4mXrLlw_tWCIrRvcjaT89keTe-pynkj3q3YcndZmA1iYTkh1XvGGBfDWA/s280/c22_22147055.jpg)
(boston.com)
grupo dzolamari, begnis, macedonia
simbolos arcaicos provenientes da remota cultura pastoril. aliás o chocalho e a sua caracteristica sonoridade assume uma relevante centralidade em muitos destes cortejos de entrudo. trata-se de um elemento com uma enorme carga simbolica, a sua sonoridade está intimamente relacionada com práticas ritualisticas de esconjuro, daí a dita centralidade neste periodo do ciclo anual.
sábado, fevereiro 13, 2010
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
SOBRE REVOLUÇÕES...
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(joseph conti)
ou olhamos para o mundo a partir dos preconceitos da nossa comunidade e permanecemos fechados nas suas "verdades" paroquiais, ou alcançamos uma perspectiva e linguagem universais e através delas alguma espécie de verdade cósmica.
(in filipe verde, o essencial sobre explicação e hermenêutica, angelus novus, p. 21)
terça-feira, fevereiro 09, 2010
O MUSEU. A ADIADA REVOLUÇÃO
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(ray potes)
há muito que se ouve falar em portugal de uma revolução na instituição museu, tanto a partir do que mostra e de como mostra, como da sua "abertura" para fora das suas quatro paredes. porém, continuam a nascer museus sem qualquer ideia de projecto e a executarem-se exposições sem qualquer questionamento metodologico. neste plano de museus de sociedade, dos poucos que faz o seu trabalho, tem sido o museu nacional de etnologia.
ESCRITA CRIATIVA
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPTvX2sVCeEG8uEET-ptmxJ4AbrcQrQJXkgZ9HNJhHPwCkTQo72qINp8QcJP6d0UcKIeMaUMSt_MQ7tyXRQhPOn9k669bGp6lpbVnXC_bS9qMX9KQYPra3LFAIVD3wERdKsbXaGw/s280/2010_02_13_Workshop_Escrita_Criativa.jpg)
o municipio de idanha em conjugação com a universidade de coimbra, no âmbito de um projecto conjunto - poetas em residência - promovem no proximo sábado (13 de fevereiro) em monsanto, onde fica sitiada a respectiva "residência para artistas", esta singular actividade que envolve dois poetas internacionais. penso que este projecto, em termos práticos e concretos, pode assumir uma projecção valiosa, nomeadamente, nos tão distanciados diálogos entre grupos alfabetizados e não-alfabetizados. ir ao encontro destas mesmas lógicas de aprendizagem mútua impõem-se num mundo cada vez mais partilhado. na minha óptica, este mesmo projecto têm que se impor nestes dominios da partilha de saberes entre letrados e não letrados. pois, é precisamente na confluência gerada por este fecundo diálogo que surgem as tão valorizadas problemáticas relacionadas com a preservação e valorização dos patrimonios imateriais. é também a partir deste equacionamento que a relevância da imaterialidade de um território (concelho) pode ser perspectivada.
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
MUNDOS MINERAIS
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
SOBRE A DANÇA
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(retro futurs)
sobre a dança m. mauss escreve na sua obra fulcral "manual de etnografia"* que: "(...)a pantomima dançada foi um grande veículo de civilização; saltimbancos conseguiram introduzir elementos de civilização (...) diderot definiu a dança como uma 'música dos movimentos do corpo para os movimentos dos olhos' (1993, p. 115).
temos que saber captar isto, seja com a ajuda das tecnologias de ponta, seja com a ajuda dos poetas.
*mauss, marcel (1993) manual de etnografia. lisboa: d. quixote.
terça-feira, fevereiro 02, 2010
FÓSSEIS, PENHA GARCIA. GEOPARK NATURTEJO
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penha garcia, 2009.
é ancestral o vínculo das sociedades humanas com este tipo de vestígios remotos de vida perdida. desde a pré-história que se documenta arqueologicamente a ligação dos humanos com estes elos perdidos. fundamentando-se estas recolhas nestas arcaicas sociedades ora no mero vislumbre estético, ora na operacionalidade de algum poder mágico que estes objectos irradiavam. milénios mais tarde foram muitos os filósofos e naturalistas que se dedicaram à observação cuidadosa de fósseis, vendo neles remotas formas de um mundo vivo. a história natural ganhava interesses renovados e adeptos. são inúmeras as teorias que se especularam em torno destes vestígios mineralizados (ex: teorias diluvianas, séc. XIII). com darwin, o estudo dos fósseis ganha novos contornos em relação à evolução do mundo vivo. muito mais haveria para dizer sobre a relação deste inquietante "mundo-defunto" com as sociedades humanas: desde as mitologias criadas à sua volta, as recorrentes referências às serpentes (repetem-se em todo mundo), às suas propriedades mágicas e curativas, etc. a titulo de exemplo veja-se a construção popular e seus diálogos/discursos em torno destes enigmáticos e espectaculares vestígios (cruzianas) em penha garcia (idanha-a-nova). também os índios navajo do arizona (e.u.a) viam nos troncos fossilizados de árvores ossos de enormes gigantes...para saber mais, visite o lugar...desfrute e interrogue-se...