domingo, janeiro 31, 2010

HOJE





longe dos velhos retiros...

sábado, janeiro 30, 2010

GEO ROTA DO ORVALHO: O AZEREIRO






recentemente desloquei-me ao orvalho (oleiros) para vislumbrar e calcorrear uma das mais admiráveis rotas da vasta rede de percursos que dão corpo ao projecto geopark naturtejo da meseta meridional. entre inúmeros destaques, a visibilidade vai para uma espécie única e rara, o azereiro (Prunus lusitanica L.): trata-se de uma espécie autóctone, relativamente rara em portugal, com extremo interesse ecológico e ornamental. devido à sua rareza, inscreve-se na vasta lista de especies ameaçadas. quanto ao percurso em si, em breve darei mais noticias. fica o convite e os apetites para conhecer este percurso surpreendente.

sexta-feira, janeiro 29, 2010

ARQUITECTURAS TRADICIONAIS: PALHEIRO

rosmaninhal, 2009.


esta tipologia de palheiros com a porta principal com estas dimensões é normal encontrar-se por todo o território do concelho de idanha-a-nova. trata-se de um apontamento que se realaciona com a entrada dos "carros" (carroças, reboques) carregados de palha. pois era aqui que se armazenava a respectiva palha para o ano. são espaços de admirável imponência, eu diria mesmo autênticas "catedrais" da palha.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

(samweber)


temos de ser modernos absolutos


rimbaud

terça-feira, janeiro 26, 2010

(behance)


os blogues têm um carácter e uma dimensão de proximidade impressionante. ao contrário dos media tradicionais que apenas emitem informação, os blogues permitem efectuar comentários, opiniões, notas, etc. ao jeito de um diário o blogue pode assumir mundos muito particul@res. aliás, como a própria palavra indica: blogue é uma abreviação de weblogue, que resulta das palavras inglesas web (rede) e log (diário de bordo onde os navegadores registavam os pormenores das viagens realizadas).

sábado, janeiro 23, 2010




(mais um dia negro) hoje "partiu" deste efemero mundo a minha querida e amada ananda...

do mais intimo de mim para ti avó:

não me verga a velhice nem o peso do crâneo
mas os olhos cansados na dor de te não ver
o chão tornou-se a última paisagem.
no mais longínquo da terra te levantas
e vejo erguer-se a poeira dos teus pés.

(daniel faria)

sexta-feira, janeiro 22, 2010

s. miguel de acha, 2010.

a proposito dos caminhos, vivemos tempos onde a patrimonialização dos velhos caminhos se assume enquanto prática recorrente. os actores, frequências e intensidades dos seus fluxos também se alteram. com o fim das práticas ligadas aos labores dos campos cambiam-se as lógicas de os percorrer: de caminhos de trabalho passam a caminhos de lazer.

quinta-feira, janeiro 21, 2010


entreguei a minha tese de mestrado no mês de dezembro. finalmente depois de cerca de três anos e meio de árduo trabalho, eis que se cumprem todas as expectativas colocadas. foi um trabalho interessante a todos os niveis. começei pela temática dos caminhos (rurais) e fui parar a uma colecção de objectos de pastor. dessa inicial emoção pelos caminhos ficou algo que penso que vou retomar em breve. pois fascinam-me um rol de problemáticas em torno dos caminhos: a questão dos caminhos sagrados (peregrinados), profanos, culturais, ideológicos, rurais, patrimoniais, etc, etc. "o caminho faz-se caminhando"; "todos os caminhos têm coração". sobre a minha tese, depois da respectiva defesa darei noticias mais concretas.


obrigado pedro pela "dica".
e pelas tuas visitas a este espaço de tantas "partilhas".

quarta-feira, janeiro 20, 2010

SOMOS UTOPIA


(unurth-street art)


somos utopia. vivemos um sonho que jamais se vai realizar. mas todos os dias facultamos a nós mesmos a grande capacidade de nos podermos renovar. naquele sol da manhã. naquelas nuvens lilázes. naquela brisa do entardecer. naquele nevoeiro misterioso. naquele anoitecer perfumado. nada termina. nada acaba. apenas mudamos de sonho. mas nunca deixaremos de ser um planeta sonhador. a todas as escalas. a todos os imaginários. somos um de muitos.

segunda-feira, janeiro 18, 2010






pai
18.01.99

existem procuras que por si mesmas são escuras e enigmáticas
distâncias infinitas percorridas no sonho e no acordar de todos os dias que uma vida tece
assim me prometi neste e nos outros lodos que este dia a tristeza sempre renova
estou a caminho pai estou a caminho
extenuado dos diamantes desse sal dos olhos que arde sem elouquecer
vale-me a meia-noite que escrevo em todas as estações doces e vindouras
vale-me essa voz já água




domingo, janeiro 17, 2010

(RE) PENSAR TERRITÓRIOS ADORMECIDOS



(rosmaninhal, 2009)



numa destas semanas um grupo de pessoas amigas deambularam pelas aldeias da raia do concelho de idanha-a-nova à procura desses aromas tão caracteristicos das povoações rurais já quase sem ruralidade. uma estranha evidência fê-los meditar: onde estão as pessoas? perguntavam-me com alguma preocupante apreensão. este é um dos factos mais evidentes nestas aldeias em progressivo envelhecimento. aliás, por todo o interior de portugal se nota esta fatalidade. aldeias imensas sem ninguém nas ruas, como se de repente toda a população emigra-se, deixando um tremendo e desconcertante eco de vazio. como as próprias imagens ilustram, elas documentam um qualquer dia da semana na aldeia do rosmaninhal. são ruas imensas em total silêncio. espaços que outrora foram preenchidos com o fervilhar das vidas, hoje estão completamente esquecidos. como se (re) pensa esta ausência de vida? que politicas poderão reconverter esta fatalidade? o que podem fazer os agentes dos municipios e das juntas de freguesia?

tendo em consideração a complexidade que esta conjuntura constrangedora impõe e salvaguardando as devidas metodologias de análise, penso ser urgente (re)pensar projectos com e para as pessoas que nestes locais habitam. quanto a mim, não faz qualquer sentido desenhar eloquentes projectos para estes territórios sem que se pense e equacionem estas mesmas lógicas de reconversão. o que trazem de novo para as pessoas que aqui vivem?
(behance network)



quando surge uma catástrofe natural como a ocorrida recentemente no haiti (uma das mais impactantes em termos de perdas de vidas humanas - cerca de 150 000) declaram-se de imediato todas as fragilidades mais desconcertantes entre a irracional dicotomia bipolar entre paises ricos e pobres. pois são por evidência do malogrado destino estes últimos os mais terrivelmente açoitados pela injusta desgraça. intimamente por razões inerentes às próprias lógicas e insanas geografias do capital, pois num país rico ou dito desenvolvido a escala da desgraça será sempre em menor grau.

sábado, janeiro 16, 2010

UMA ORAÇÃO

(boston.com)


haiti

uma oração cósmica

sexta-feira, janeiro 15, 2010

UM BOM EXEMPLO




a câmara municipal da cidade da guarda dedica um "especial" olhar para um notável escritor contemporaneo da sua proximidade territorial. trata-se de uma iniciativa a enaltecer pelo facto de se divulgar um grande escritor português tal como a envolvência de toda a sua vasta obra. veja-se as dimensões culturais que a partir das obras deste notável escitor são promovidas e divulgadas: teatro, leituras, oficinas, exposições, seminários, poesia...trata-se de um bom exemplo a seguir.


quinta-feira, janeiro 14, 2010

(gaia)


tornei.me num artesão de corações de pássaro
em todos escrevo a palavra:

revolução
revolution



quarta-feira, janeiro 13, 2010



o camaleão de deus...



antologia.
(kate macdowell)


para ti estrelinha. de dentro de mim para ti.

(youworkforthem)


genial...

terça-feira, janeiro 12, 2010

(oliver wetter)



leio f. pessoa e codifico-me num quarto rodeado de frias laranjeiras.
adentro-me no "quaresma,decifrador- novelas policiais" (assirio & alvim)
estou hipnotizado. oh fernando pessoa um dia destes vamos beber a noite de um só gole...

"anatomista do inutil"



segunda-feira, janeiro 11, 2010

IDANHA: AMANHECER CRISTALINO




amanheceu assim na vila. viveu-se a paisagem alva com intensidade. no discurso quotidiano desta segunda-feira os corações iluminavam centelhas brancas de fecundas alegrias. viveu-se a neve em todas as suas perspectivas.

(11 de Janeiro de 2010)

domingo, janeiro 10, 2010

QUOTIDIANOS IV, NEVA



está a nevar na vila. ouvem-se na proximidade alegrias frias. este é um domingo cristalino. acendam-se os aneis do fogo sagrado.

(idanha-a-Nova, 10 de Janeiro de 2010)

sábado, janeiro 09, 2010

UNIVERSO: VIAGEM ALUCINANTE




uma viagem alucinante pelo universo!!!

sexta-feira, janeiro 08, 2010

QUOTIDIANOS III, A MANHÃ FRIA



eis que chega a manhã fria de janeiro. alva nas pedras das casas. nas ruas da vila serpenteam vesgos vultos que procuram com as mãos esses bolsos de lume. na mercearia as portas abrem-se ao calcorrear tremido da carrinha do pão. as praças e as suas arquitecturas redondas estão vazias e silênciosas. nenhum vagabundo se aninha e se protege nas suas curvas que emanam cheiros nauseabundos. aliás já não há vagabundos em nenhuma fria manhã de janeiro desta vila.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

(iheartmyart)
pandelis chandris, almost - in between: opus



ainda hoje ao passar das nuvens me purifiquei.

quarta-feira, janeiro 06, 2010

(annakipervaser)


todos os pássaros me conhecem. sou aquele que os ouve atentamente.


DIA DE REIS

(dragonaut)

feliz dia de reis...

terça-feira, janeiro 05, 2010

QUOTIDIANOS II




aqui a ilusão é o olhar.
esta é uma das minhas janelas para o quotidiano da vila de idanha-a-nova.

(idanha-a-nova, 31 janeiro de 2009)

BIBLIOGRAFIAS...



um interessante trabalho dos elementos da dinâmica Associação de Estudos do Alto Tejo, sobre os "Muros-apiários da bacia do médio Tejo". embora se trate de uma publicação de 1999/2000, neste mesmo dominio temático mais nada foi feito. estas matérias patrimoniais relacionadas com este mesmo território continuam a necessitar de "olhares" atentos, pois são elas mesmo o fio condutor dessa história da humanização de uma paisagem que nos dias hoje se educa enquanto "valor protegido e a proteger".

segunda-feira, janeiro 04, 2010

QUOTIDIANOS...

>


interessam-me apenas os quotidianos
são eles a essência de todas as vidas

domingo, janeiro 03, 2010

(flickr)


"o ignorante afirma, o sábio dúvida o sensato reflecte"


aristóteles