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(...) eles agarraram-no, despindo-o inteiramente. ficou nu, batendo os dentes. a madeira rugosa contra as suas costas, as cordas sob as axilas. içaram-no. as chagas de fogo nas costas! o horrendo hálito do carrasco! uma dor fulgurante no punho. mas era o corpo que sofria. reunir as suas forças? outra dor fulgurante. ele já não era mais que uma dor do tamanho do seu corpo. faltava uma, nos pés! sufocou. o seu corpo assentava em três centros de dor. os músculos do seu torso estavam tão tensos que já não conseguiam respirar. pai! tentou haurir o máximo de ar que podia. sentia a boca seca. «só pela carne...», disse uma voz longinqua. «mas não é o meu corpo!», respondeu outra voz, no interior. pai! o mais dificil era respirar. ouviu-se dizer a si mesmo que tinha sede. uma esponja embebida em vinho azedo e água atingiu seus lábios. sugou-a.
- porquê, porque é que me abandonaste?
(gerald messadié, o homem que se tornou deus.)
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