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(idanha-a-nova, 2007)
fruto das profundas transformações em torno dos campos, estas estruturas vão assinalando um tempo que já é passado, um tempo que teima em ser completamente esquecido. é precisamente da memória desse passado recente que muitas conversas se despoletam nas praças das aldeias e vilas, recordam-se os campos e as suas sociabilidades. cartografam-se as emoções e os campos ( as casas, os gados, os trabalhos) voltam a ocupar essa centralidade perdida nos discursos dessa memória. é precisamente neste enquadramento e nesta perspectiva que esta estrutura habitacional de um antigo pastor, hoje abandonada, se mostra hoje aos olhos de quem passa: significa esse passado, é memória, mas também é presente, pois é olhada a partir do presente. e neste sentido a leitura remete para o abandono, para o esquecimento...um autêntico paradoxo: memória/esquecimento.