as encruzilhadas representam na maioria das culturas lugares "abertos", lugares onde os espíritos (almas penadas) vagueiam. o ritual de encomendação das almas (assim como as cruzes e nichos de "alminhas" assinalados nestes lugares) conduz-nos a algumas práticas onde estas relações se tornam vigentes. pois encontramo-nos nos domínios da morte e do além, assim como de um vasto campo ideológico em torno dos medos. um fértil campo de trabalho (incluindo as "reinvenções patrimoniais")...
encruzilhadas dos caminhos ou em outros lugares considerados idóneos, começaram a congregar-se as feiticeiras e as bruxas, os magos e até os condenados às penas infernais.
Baroja, Julio. Las brujas y su mundo, p. 10.