domingo, abril 11, 2010

NA SENDA DE OUTROS MUNDOS...

(claytonjunior)



parto em busca de outros mundos. talvez regresse com a clara visão dos alucinados azuis da tão amada liberdade livre. até lá mantenham-se a salvo de todas as idolatrias capitalistas e que os dias vos sejam abençoados...


quinta-feira, abril 08, 2010

SR. ANTÓNIO, TESTEMUNHO


"começei no negócio no dia 3 de janeiro de 1944. esta loja primeiro foi aberta lá para cima onde lhe chamam o curral concelho, era ainda solteiro. depois casei e vim ali para aquele redondo que está ali, que era a casa dos meus sogros. depois dali fiz aqui esta casa e vim para aqui, até hoje! esta casa acompanhou muitos tempos dificeis. o mais dificil foi em 1949. faltava dinhero, não havia denhero, a gente vendia e as pessoas ao fim do ano é que pagavam. isto era um choque muito grande, os que tinham denhero aguentavam, os que não tin ham íam ao ar. as pessoas não tinham denhero, depois eu tinha pena deles e lá fiava até que viesse o verão e fossem fazer as ceifas e depois aviavam os trigos e as cevadas, depois vinham a dar a semente para compra." (sr. antónio, 92 anos, comerciante, rosmaninhal)

só com a ajuda destes testemunhos de vida e dos seus respectivos manuscritos é que conseguimos perceber na íntegra a história social das comunidades. com eles é possivel reflectir criticamente sobre a vivência social das comunidades e assim problematizar o tempo e o espaço vivido. os testemunhos orais fazem-nos deslocar o olhar da hegemonia do objecto-património, mudo, para todo um fecundo campo de tensões, ansiedades, fantasias, etc.

quarta-feira, abril 07, 2010

A MORTE DO COMERCIO TRADICIONAL OU A RECONFIGURAÇÃO?








soube na semana passada que esta loja tradicional, do sr. antónio, localizada no rosmaninhal, fechou definitivamente. depois de cerca de 60 anos ao serviço da população, encerrou de vez as suas portas. em idanha-a-nova foi a tradicional mercearia do sr. manel do "lugar", também esta com cerca de 50 anos ao serviço da comunidade. percebemos que são as novas lógicas (algumas impostas pelo idiota "policiamento" duma asae "caciquista" ) que impõem mudanças, reconfigurações aos territórios agora sob o signo das patrimonializações. porém, urge (re)pensar estes espaços de memória, urge dirigir-lhes um "olhar" critico e problematizante: o que fazer com eles? como se problematizam estes espaços? que museologia pode ser feita? será que através deles se poderia pensar e discutir as causas da sua "morte"? que (re)configurações em termos quotidianos se equacionam? o que se altera nos percursos quotidianos da compra e da venda? e as sociabilidades, alteram-se? e as novas superficies industriais, são culpadas?

terça-feira, abril 06, 2010

INCOMPREENSÃO E OBSCURANTISMO, EM TORNO DO MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA


a onda de incompreensão cresce em torno do que querem fazer (os interesses obscuros) do MNA.
(quanto a mim é obscurantismo cultural puro e duro)

domingo, abril 04, 2010

A BOA-NOVA

(elma)


recuperem o super-espanto...

OS SUPER-PÁSCOA-ALELUIA





para os sedentos de sangue. para os que nunca perdoam. para os que acham que viver é condenar. para os super-páscoa-aléluia...

sábado, abril 03, 2010

TOMAI CONTA DAS MINHAS OVELHAS




tomai conta das minhas ovelhas. que aqueles que se encheram de esperança a não percam.



(g. messadié, idem)

A RESSURREIÇÃO


lembrai-vos, o fim é o começo
(g. messadié, idem)

sexta-feira, abril 02, 2010

A DOR



(...) eles agarraram-no, despindo-o inteiramente. ficou nu, batendo os dentes. a madeira rugosa contra as suas costas, as cordas sob as axilas. içaram-no. as chagas de fogo nas costas! o horrendo hálito do carrasco! uma dor fulgurante no punho. mas era o corpo que sofria. reunir as suas forças? outra dor fulgurante. ele já não era mais que uma dor do tamanho do seu corpo. faltava uma, nos pés! sufocou. o seu corpo assentava em três centros de dor. os músculos do seu torso estavam tão tensos que já não conseguiam respirar. pai! tentou haurir o máximo de ar que podia. sentia a boca seca. «só pela carne...», disse uma voz longinqua. «mas não é o meu corpo!», respondeu outra voz, no interior. pai! o mais dificil era respirar. ouviu-se dizer a si mesmo que tinha sede. uma esponja embebida em vinho azedo e água atingiu seus lábios. sugou-a.
- porquê, porque é que me abandonaste?


(gerald messadié, o homem que se tornou deus.)

A PROPOSITO DO ANO DA ÁGUIA

(j. e. larson)


como benfiquista, ontem assisti a mais um grande jogo do "glorioso". tacticamente, foi para mim, um dos melhores jogos do "glorioso" desta época. contudo, esta não foi de todo a única razão que me fez dedicar um "post" ao suposto e merecido "ano da águia", mas sim, a insegurança sentida junto dos estádios de futebol. como o mundo inteiro assistiu (pois a globalização assim o dita), foi possivel ver como dois petardos rebentam nas proximidades de um árbitro, ou seja, é totalmente incompreensivel que estes materiais altamente explosivos entrem em estádios de futebol, ainda mais com tanta propaganda de "super-policias" nos telejornais. não há muito tempo, em dois estádios (sporting-atlético de madrid e benfica-porto) foi bem visivel a chuva de paralelos entre claques. isto porque nas proximidades existiam pilhas deste "armamento" à mercê. definitivamente, para que servem os "super-policias" se o resto é totalmente banalizado. a mediatização não é segurança é idiotice....