O relógio marca 21:43, nos restaurantes da avenida janta-se, à porta uma voz rasgada saída da cozinha da alma: “vivo na rua e não tenho nada para comer”, a avenida estende ainda mais as distâncias, um rapaz com as vestes de trabalho diverte-se numa conversa de telemóvel, talvez sejam os ciúmes da sua namorada na distante aldeia, ele encosta-se à parede de um prédio claro, sorri, por cima da sua cabeça um distintivo diz “Casa das Beiras”.
Eddy Nelson – poesia de veludo.
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