aconteceu em zamora (espanha) no notável museu de etnografia de castilla y león este amplo e diversificado debate. fiquei deveras a meditar no porquê deste património ser tão esquecido e tão dilacerado em contextos institucionais portugueses. as universidades, a partir dos seus departamentos, estão excessivamente vocacionadas para um conjunto de temáticas que há muito se tornam recorrentes (estudos urbanos e afins) e esquecem este fecundo manancial - cultura pastoril - que se anula a um ritmo alucinante. fazem falta estudos e inventarios actualizados, que aliás, seria precisamente a partir deles e daquilo que se dotava desse sentido de descoberta, que se poderiam equacionar aliciantes e fantásticas aventuras (afinal, não é isso mesmo que motiva os motores das investigações?). é urgente dar sentido a este "pequeno" património, pois é precisamente a partir dele que apenas e unicamente se podem projectar as leituras mais coerentes da construção identitária de uma paisagem.