ao visualizar o presente destes "documentos que provêem do passado" e que atravessaram um tempo longo de mudanças no sistema agrícola português (carroças, força animal, troncos de ferrar animais, palheiros, etc), fico sempre com a estranha sensação de que as novas gerações, por força das continuidades forçadas de olhares enciclopédicos, demasiados forçados para as intendências da moda (uns forçados a olhar só as arvores, outros as pedras, outros as luas, outros os rios, outros os astros), tendem a não perceber a totalidade da massa da mudança e a verdadeira alquimia do progresso nestes elementos de riquíssimo calibre civilizatório (para além do reconhecimento do lugar do animal e das suas necessidades, atente-se à extraordinária dedicação: arquitecturas, aspectos veterinários, melhoramentos alimentares, apetrechos, embelezamentos, etc)....através da possibilidade destas "pantallas/ecráns/telas/paredes" vislumbre-se a possibilidade mais que eminente de um empenhamento despreocupado (politicamente) no sentido da valorização do verdadeiro lugar e estatuto do animal nas sociedades rurais...(contemporâneas)