de todas as palavras possíveis em todos os alfabetos (árabe inclusivé) nenhuma serve para descrever ou caracterizar o que aconteceu ontem em Paris. um ataque destes no coração da civilização europeia (ocidente) ganha contornos drásticos e demasiado profundos. sabemos que a democracia está cada vez mais moribunda (fruto de conjunturas que os próprios governantes ocidentais têm contribuído com a sua dose de culpa). o que estes "outros" selvagens (não o islão que é absolutamente uma doutrina de paz e serenidade), os do sangue fresco, apenas e tão só terroristas, com indices de animalidade exacerbados vieram reconfigurar no mundo ocidental, foi precisamente o que nestas sociedades de "destruição massiva" há muito pretendem, aniquilar de vez o pensamento critico e livre, aniquilar de vez o absoluto valor das democracias ocidentais, ou seja, envenenar de vez um mundo que se tem encontrado e multiplicado em comunidades possiveis de paz...
por outro lado, temos que reflectir muito seriamente nos milhares de euros gastos na segurança dos Estados-Nação soberanos, pois se foi possível repetir este acto com a maior das naturalidades, no centro de Paris, imaginemos à escala das periferias europeias. penso que é um tremendo fracasso das policias europeias (francesas principalmente), dos discursos demagógicos que tem o bastião da sociedade de informação por pilar, extravasando discursos meramente de promoção ideológica. o que se faz perante a realidade deste buraco da história, como se sentem estes milhares de soldados de um pais quando isto acontece, quando no seu coração intimo deixam morrer uma centena de pessoas inocentes? a resposta é só uma..fracasso total...fracasso fruto de políticas mediáticas...e agora como se vão repensar as lógicas de entre ajuda perante os "refugiados sírios", como se vão rever os cidadãos perante a crescente militarização da vida social? talvez os terroristas muçulmanos tenham conseguido impor a essência da sua verdadeira religião, o medo no ocidente...o diabólico medo, pois nunca mais teremos jardins sem armas....
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