quinta-feira, dezembro 10, 2015

PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL. A VIDA ENQUANTO FRAGMENTOS DE UM TODO



Ti Inês, caiar o interior da cozinha. Rosmaninhal, 2008.


há muito que as novas modalidades de processos de patrimonialização ligados ao Imaterial (PCI), se tornaram moda, vieram, de certo modo, preencher a saturação dos pequenos museus etnográficos locais, que sem projecto e sem quadro orgânico, foram caindo no mais desconcertante dos esquecimentos. seria mesmo interessante um estudo museológico à escala do país, tendo como base os supostos museus locais e suas colecções na actualidade. esta nova modalidade de celebração patrimonial (PCI) que em muitos lugares se impõe com novas dinâmicas assentes na valorização de festas, saberes, ritualidades, musicas e práticas, clama por uma lógica de salvaguarda que impõe modos de actuação diferenciados, mas também levanta outras interrogações em relação ao objecto a tratar, para que fins o seu "entesouramento", que agentes e interesses interferem à sua volta? o antropólogo João Leal usa uma expressão de foro "posologico" que me parece a mais operativa em termos reflexivos, o PCI "deve ser agitado antes de ser usado". 

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