aqui nesta pedra ritual ainda se continua a cultuar a natureza, este é deveras um facto que nos interessa e muito...havemos de regressar no dia do solstício...neste dia fomos conhecer o lugar...
fujam das trivialidades daquilo que as imagens sensação projectam. tudo é demasiado construído para o show vampiresco das audiências. mas qual telespectador (afinal o que é isso...é muito mais um espectro-dador) tudo na televisão é repetitivo...aborrece profundamente. escolham a vida...
aconteceu este sábado no CCR, enquadrado na celebração da noite dos museus, esta interessante tertúlia à volta das memórias do Clube União Idanhense. uma das âncoras destas conversas foi precisamente o projecto de valorização patrimonial desta instituição que irá celebrar para o próximo ano um século de existência na vila (1917-2017). foi deveras um encontro extremamente fértil na partilha de um património colectivo de memórias idanhenses...
no sentido de organizar aquilo que não será possível organizar inventou-se uma palavra que pudesse de alguma forma traduzir todas as dimensões espirituais associadas a uma pré-história, a algum primitivismo religioso, classificando-os como um corpus unificado, homogéneo, com a referência de paganismo...mas tanta coisa escapa a esta introdução...
esta é a melhor máxima possível (pelo fantástico campeonato que fizeram) para os sportinguistas...
gostava apenas de referir enquanto benfiquista (desportista e não fanático) que o treinador, equipa técnica e o plantel do benfica foram deveras impressionantes. ao contrário das contas e das reacções antecipadas de muitos, das pressões de secretaria, do passo de caracol do FCP e da ferrugem...mas, factos são factos: desde os resultados na liga dos campeões, à formação de jovens da equipe B (Lindellof, Renato, Nelson, Gonçalo....). parabéns malta...assim vale a pena ser benfiquista e desportista...
hoje reli alguns textos bíblicos, mas regresso sempre ao ponto das interpretações sobre as interpretações. tanta vida que nos escapa apenas com palavras. como se podem explicar as milagrosas curas com apenas " não via e começou a ver"...e o resto...todo o encantamento da transformação, do impacto...do simplesmente divino..como é que ele fala...como pensa o mundo...os amigos...a solidão...o fim terreno e a espera desse lugar para além de tudo o que conhecemos....contudo acho extraordinário a pobreza extrema de uma dúzia de homens absolutamente conectados com o mestre, pois a verdadeira religião do mestre foi sempre a pobreza material e a riqueza do coração em saber perdoar, em saber viver sem a angústia do passado, a verdadeira e possível renovação da vida, o contrário desses infernos mal inventados pelas sucessivas hierarquias eclesiásticas que apenas negoceiam com as falácias dos pecados. se olharmos para toda a dimensão católica, para o reino material do vaticano, para os discursos altivos e repletos de autoridade moral destas sumidades, nada tem em comum com este cristianismo primitivo, onde a voz simples, sábia nas palavras que eram dirigidas aos corações e os actos do mestre estavam ainda bem vivos nas memórias e nos corações.
Maria Teresa Asplund, colombiana que sozinha, sem armas, apenas com o punho erguido, símbolo da luta anti-racista, enfrentou desta forma um grupo de cerca de 300 neonazis suecos.
não é todos os dias que nos sentamos a almoçar numa mesa com estas extraordinárias vistas. estamos no museu de arqueologia do Côa, um notável monumento arquitectónico dedicado à arqueologia do Côa, no sentido mais amplo (gravuras rupestres, pré-história). importante é registar que mesmo estando neste lugar encantador as ementas são bastante acessíveis e não omitem os aspectos gastronómicos de valorização local, o que faz toda a diferença....
uma vénia que a equipa médica de um hospital faz à suprema dádiva que esta criança com paragem cerebral fez ao doar os seus orgão vitais para salvar múltiplas vidas...estes sim mereceriam estar nesses panteões, nas praças, na toponímia das ruas, nos edifícios, nos altares, em todos os títulos gordos dos jornais, na abertura de todos os telejornais, nos écrans de todos os estádios de futebol...
cada vez mais me convenço, é precisamente essa conjugação de dimensões históricas tão singulares e especificas de relacionamento colectivo e individual com o sagrado, essas cosmovisões tão diversas (onde os elementos naturais se entrelaçam na conjugação perfeita), essas formas próprias de dialogar com o além, essas emoções e dramatizações associadas a cada lugar que nos definem, caraterizam e diferenciam em termos daquilo que se entende por uma religiosidade popular...