quarta-feira, janeiro 31, 2018

terça-feira, janeiro 30, 2018

ENCONTROS TEMÁTICOS - CONFRARIA DO SOVENTRE/ASSOCIA. RAIA GERAÇÕES

Neste prolifero enquadramento temático, a respetiva Confraria, em colaboração com a Associação Raia Gerações, convocam dois investigadores com trabalho realizado em torno do porco, com leituras bastante diversas e com aproximações ao território local beirão. São dois eixos temáticos que se projetam tratar: o primeiro no âmbito da antropologia da alimentação, centrado nos modos de comer e de fazer, onde as práticas e as especificidades alimentares locais são equacionadas e problematizadas, em particular os entendimentos da festa da matança e suas sociabilidades geradas, 
tanto no passado recente como num tempo presente de mudanças. Já o segundo eixo será praticamente complementar mas com o matiz de trazer à discussão as simbólicas do elemento porco no seio das religiosidades (cristã, judaica, muçulmana), os tabus e as prescrições, os aspetos dos alimentos puros e impuros, que no fundo, consideram-se centrais na fundamentação das identidades judaica e muçulmana.

segunda-feira, janeiro 29, 2018

barrancos. 2017

domingo, janeiro 28, 2018

monsanto, 2017.

sexta-feira, janeiro 26, 2018


a pequena escala, aquela que nos obriga a olhar as coisas com outras atenções, com outras propostas de invenção do olhar, é a que mais me fascina...

quinta-feira, janeiro 25, 2018


waiting for the sun. 2018

quarta-feira, janeiro 24, 2018

7 brasas refrescam o sangue

M. Lourenço

terça-feira, janeiro 23, 2018

segunda-feira, janeiro 22, 2018

(lucinda bunnen)

domingo, janeiro 21, 2018

(...) a importância dessas plantas residia na sua capacidade de provocar estados de uma percepção especial num ser humano. assim, ele me levou a experimentar uma série desses estados com o objectivo de expor e dar validez ao seu conhecimento. eu os denominei "estados de realidade não comum", significando uma realidade incomum, ao contrário da realidade da vida quotidiana. 

Carlos Castaneda. The teachings of D. Juan. 1968

STRANGE DAYS


sexta-feira, janeiro 19, 2018

desenhos da Ti Gracinda. 2018

quinta-feira, janeiro 18, 2018

cryism


18 JAN 1999


quarta-feira, janeiro 17, 2018

Évora. 2018
(f&O)


e eu, que estou de bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolas de sabão e tudo que entre os homens se lhes assemelhem

f. nietzsche

segunda-feira, janeiro 15, 2018




triste segunda-feira, Dolores deixou este efémero mundo. esta miúda de cabelo curto marcou a geração dos oitenta, infindáveis vezes repiquei os seus discos. também foi numa triste segunda-feira de janeiro, à cerca de dezoito anos (para mim foi ontem...estranha...esta dimensão do tempo da morte nos entes queridos, ficamos sempre com a sua presença/ausência permanente.é a humana sensação de que os mortos nunca morrem verdadeiramente )...
dos livros de metal. 2018

CANCIONEIRO POPULAR BEIRÃO

não sou bonita que mate
nem feia que meta medo
fui criada em Monsanto
terra de muito penedo

(Monsanto)

domingo, janeiro 14, 2018

Évora. 2018

sexta-feira, janeiro 12, 2018

"HORIZONTES E RAIZES DE OCAIA". VISITA GUIADA AO MUSEU ARQUEOLÓGICO DO FUNDÃO









A Associação Raia Gerações deslocou-se ontem ao Museu Arqueológico do Fundão, enquadrada nas propostas e ações que tem vindo a realizar em torno do conhecimento e das partilhas culturais dos territórios da Beira Baixa, para uma visita guiada a este espaço de cultura. No preludio da visita, como mote de um conjunto de coordenadas de história cultural, o grupo assistiu a um pequeno seminário intitulado "Horizontes e raízes de Ocaia", proferido pelo seu diretor, Dr. Pedro Salvado. Seguiu-se uma visita guiada ao museu, em jeito de aula prática, onde o Dr. Pedro Salvado decifrou leituras importantes, complementaridades e conexões entre os artefactos arqueológicos e os territórios de proximidade. Tal como sublinhou, "a Gardunha tem muito das Idanhas e as Idanhas têm muito da Gardunha". Ficaram em aberto perspectivas de continuidade destas partilhas de conhecimento a partir dos eixos do Museu Arqueológico do Fundão.


quinta-feira, janeiro 11, 2018

CANCIONEIRO BEIRÃO. CICLO DE NATAL

todos os filhos dos ricos
tem belos travesseiros
só vós, Menino Jesus,
Preso a esse madeiro

[Poença-a-Velha]

visões xamânicas

quarta-feira, janeiro 10, 2018

UM CONTO (RELEMBRADO)





Joaquim, o Grande



A luz parda de um dia qualquer de Outubro encobria o velho palheiro de granito num imenso oceano de monotonia. Lá dentro, dormia Joaquim, O Grande, conjuntamente com o colossal vazio de nenhuns pertences. Deste vazio, apenas se destacava a sua motorizada. Uma Sachs V5 gasta, cansada de tantas quedas e acrobacias. Porém, mantinha-se exemplar em tudo o que qualquer outra motorizada podia fazer de melhor. O Joaquim costumava dizer do alto dos seus 2 metros e 8 centímetros que esta tinha a particularidade de conhecer demasiado bem o seu dono, assim como as estradas e caminhos de pó por onde circulava. Sim, o Joaquim media 2 metros e 8 centímetros. Tinha uns braços finos e compridos, desajeitados e umas mãos que mais faziam lembrar duas enormes raízes desconexas e desarticuladas do corpo que as sustia. As suas pernas faziam lembrar as de uma cegonha. E desde o alto, oscilava um pequeno crânio desproporcional a todo este monumento, que era o seu desconexo corpo. Quando conduzia a sua motorizada, os joelhos atrapalhavam e roçavam no volante, que ele teimava em inclinar para trás. Era um autêntico alienígena que no imenso ruído se fazia transportar a toda a velocidade pelas estradas da Vila. Apenas pelo sôfrego ruído da motorizada cansada e gasta a subir as íngremes rampas da encosta da Vila, toda a gente já sabia que era o Joaquim, O Grande, na sua motorizada Sachs V5 bege-gasto. Depois, entrava na taberna e pedia uma mini sagres e dobrava aquele colossal tronco sob o balcão e ali ficava até já mal articular as palavras devido à dose excessiva de minis que tinha bebido. Abandonava a taberna imitando um velho tronco de uma árvore contorcida e arrancava na sua motorizada com a ajuda das compridas pernas, arrastando-as como duas muletas. E assim evitava alguma queda mais que prevista. Para além deste percurso quotidiano, o Joaquim era um homem triste e sozinho. Não tinha família e vivia num palheiro emprestado pela caridade de um dos seus cúmplices de bebedeiras. Sempre que ultrapassava a volumetria de uma simples bebedeira, silvava alfabetos estranhos e chorava até cair inanimado. O mundo não tinha lugar para aquele colossal corpo caído desarticulado na calçada húmida. Eram necessários pelo menos cinco homens para o levantar e o sentar decentemente num dos bancos corridos de madeira da taberna. Passados estes árduos trabalhos, já sentado, adormecia como uma criança abandonada. Todos na taberna ficavam ali a admirar o monstro que dormia como uma criança triste.


Nunca ninguém lhe ouviu uma única palavra de lamento, mesmo quando lhe aconteciam as maiores desgraças, ou seja, quedas da motorizada, falta de dinheiro, falta de roupa, etc. Respondia sempre ao mundo com um desmesurado sorriso proporcional ao seu corpo. Numa manhã de Junho aquele colossal corpo sucumbia dentro daquela triste casa, no meio de um velho colchão coberto com uma manta gasta. Morte natural escreveu o médico. Minutos antes de fechar os olhos para todo o sempre teve um daqueles fatídicos pressentimentos e decidiu de vez disparar… uma velha máquina fotográfica que lhe tinha dado há muitos anos um velho amigo emigrante. Mais tarde, quando o Lúcio decidiu recolher todos os destroços do que restava desta gigante vida, encontrou a velha máquina pousada num pequeno apoio ao lado da sua cama. À saída da loja de fotografia, à medida que caminhava ia folheando cada uma daquelas enigmáticas imagens. Destas, apenas guardou uma que lhe pareceu visualizar, embora de uma forma desfocada, o rosto sorridente do Joaquim. O resto deitou fora. Foi com este enigmático sorriso que o Joaquim se tinha despedido da vida e que agora, por iniciativa de todos os seus companheiros da taberna, pairava em cima da sua solitária sepultura, encaixilhado numa pequena moldura. Na taberna dizia-se que até na morte o Joaquim tinha sido Grande, pois não havia sorriso no cemitério como o do Joaquim, O Grande. 



sexta-feira, janeiro 05, 2018

Cubeira, Rosmaninhal. 2017


mundos...

quinta-feira, janeiro 04, 2018

(giorkonducta)

as cidades estão a regredir novamente a uma obscura idade média. impõem-se outras estruturas quase virtuais que passam despercebidas mas que cumprem o papel das velhas muralhas defensivas, quase sem ninguém dar por isso, uma espécie de ilusória liberdade e tranquilidade, uma modernidade enganosa...

INVERNO


INVERNO


quarta-feira, janeiro 03, 2018

segunda-feira, janeiro 01, 2018




para ti zé Pedro...sempre