noite rasa e fria pela frente
as árvores surgem como hidras fantasmais
a observar tudo
por estes ermos colossais
uma raposa esguia e assustadiça
trespassa o écran luminoso da estrada
desaparece num dos buracos negros cósmicos
risadas de hienas já famintas
scotch para a goela
numa infame taberna de centauros
que por bruxedos surgiu da neblina
na berma maltratada
cobertor nas pernas e solfagem a-top
blues eléctricos e cigarros nostálgicos
que ainda estamos longe da morada dos faunos
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