sábado, julho 04, 2009

POESIA PURA



não é fácil escrever sobre poesia. sobre o trabalho intenso dos outros. o normal seria escrevermos poesia. é precisamente a essa tarefa que dedico estas mudas palavras. leio diariamente muita poesia. escrevo diariamente alguma poesia. sulco com palavras tardes inteiras, madrugadas claras, manhãs frutadas de verão. e tal como um desses frutos maduros que irrompem dessa elouquecedora pasta que são as somas dos dias, surgiu este livro do josé marto. é um livro claro, subtil, intenso e admiravelmente bem escrito. nele interferem as memórias desse tempo bucólico, esse tempo de todos os pastores. mas este pastor que alude nesta poesia intensa é quase nada, é sopro: "fui pastor de quase nada no canto dos pardais às revoadas (...)". depois a poesia amplia-se à terra humida dos jardins e dispersa-se como petalas incendiadas em dias outonais. leia-se urgentemente este "livro-feitiço".

(ao poeta josé marto, um agradecimento poético)

Pastoreio. José Ribeiro Marto
Prémio Litterarius do Clube Racal de Silves (Poesia) 2007
Coimbra: Temas Originais Lda.

3 comentários:

Gisela Rosa disse...

São inteiras as suas palavras. Parabéns a José Marto e a si pelo eco que lhe dá!

eddy disse...

"gracias" gisela.

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Humildemente lhe agradeço , meu amigo , tão inesperado gesto de divulgação .
um abraço
_______ JRMARTO