um texto do *viajante*
descru ou algo parecido
na porta está escrito a giz PUTA. a palavra nada tem a ver com a brancura expandida. nem com a rua que lhe é continuada. ali crescem ilhas incluidas de ervas prenhes e também mitos de pessoas e cães com olhos irreais decentes. e se na morosa paciência determos o olhar nas transparências piratas, obtemos o esqueleto dos muros que parecem querer continuar a manhã para dentro das biblicas cozinhas-moradas-eternas (e tenho a absoluta certeza de que não existe ninguém com capacidades dementes de me desmentir de tamanho desejo). depois vem a noite e a palavra PUTA talvez se apague do seu rumor terno-gérmen ou apenas se disfraçe e até faça uso dessas encantadoras faculdades humanas que lhe conferem esse labirintico sentido-dilacerado...
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