(bill brandt)
neste preto, do qual despontam as suas cores ricas, há não só o transcendente mas também o despótico. o seu preto não é opressivo, mas profundo, produzindo uma fértil inquietação. faz-nos acreditar que não há fundo como não há verdade eterna. nem mesmo Deus, no sentido do Absoluto, pois, para criarmos Deus, teríamos primeiro de descrever o circulo. não, não há Deus nestas pinturas, porque é tudo uma substância criadora que irrompe da escuridão e volta de novo à escuridão.
*henry miller, o olho cosmológico, p. 341.
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