Alpedrinha, taberna da Ti Maria
Entrei na taberna e pedi à senhora se podia tirar uma fotografia, a resposta foi a seguinte: "Ande tire, tanta gente que vêm aqui a tirar!! Entretanto tres amigos que tinham entrado pela mesma razão - Isto é que é uma taberna antiga - exclamou um dos amigos. Concordei e começei a dispar fotografias ao mesmo tempo que admirava fascinado este fabuloso espaço. Depois de algumas palavras com estes amigos do Tortosendo e da oferta de duas "bebidas" (uma para mim outra para a estrelinha) a Ti Maria resumia em poucas palavras a sua vida atrás deste milenar balcão: "Já aqui estou há muitos". Ao mesmo tempo, olhava para os objectos carregados de memórias e revia toda a taberna lembrando-me daquele lugar mágico onde as sociabilidades de uma aldeia se definem ou se cozinham. Já agora, o que é feito das tabernas e dos taberneiros(as)??? porque deixam morrer estes espaços carregados de memórias?? é, de facto, uma pena, até porque nos outros paises estes espaços tradicionais são amplamente aproveitados para divulgação da cultura local. Será que em Portugal estes espaços ainda são vistos sob o velho estigma do "atrasado"? e daí se queira modernizar o pais uniformizando tudo??? há quem diga "higienizar" o pais...
Um abraço para os tres mosqueteiros do Tortosendo...
2 comentários:
Infelizmente estes espaços vão morrendo, porque cada vez mais o mundo rural está a sofre do grande problema da desertificação, e o factor longevidade está cada vez mais presente na nossa sociedade, o que conduz à longevidade e à não reposição de gerações. Este problema não deixa de ser inquietante, na medida em que os lugares e as suas gentes ficaram penalizadas, porque é um grande património cultural e social que se desvanecerá com o decorrer dos tempos. Resta-nos a nós meros indivíduos, cooperarmos mais e (re)construir o nosso património, para que não se perca.
Amigo
Agradeço a visita e a crítica. Ando a escrever o primeiro volume dos Cadernos Temáticos da Aldraba em que o tema são as aldrabas e há um capítulo dedicado a estes utensílios enquanto objectos biográficos.
Bem Hajas pela tua postura, tenho pena de não ter estado contigo...
Abtraço
Luís
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