quinta-feira, outubro 30, 2008

escritos...

Naquele limiar entre o que resta do dia, a luz parda que vinca os finos ramos das árvores, metamorfoseando-os em infinitas linhas que imitam a vida da respiração, acende-se. Neste espaço de intensidades misturam-se os zumbidos dos insectos da noite com os últimos chilreares dos pássaros que procuram dormida e alguma companhia para a terrível e doce noite. De repente uma gargalhada de um melro rasga este interlúdio, é o sinal do seu regresso ao coração acalentado de uma silveira.

(décimo dia-eddy nelson)

1 comentário:

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Excelente apuramento de sentidos ...
Um prazer lê-lo---
Abraço Amigo !

JrMarto