salvaguardando as devidas e complexas profundidades e distâncias históricas, culturais e ideológicas, que estes temas exigem, penso de igual modo que é urgente trazer à luz todas as outras abordagens do pensamento do subjectivo de cada ser humano sobre o cosmos, sobre Cristo, sobre a vida, sobre a morte, sobre o perdão, sobre o castigo, sobre a mente, sobre o corpo, sobre o sofrimento, sobre a tristeza, sobre a felicidade, etc, etc. é certo, somos um produto do nosso tempo. muito poucos transcendem esta dimensão. aos que o atingem chamam-lhes loucos, alienados, doentes da psique, etc. afinal, quem foi Cristo? a quem falou? quem procurou? a quem se dirigia? quem o acompanhou? onde dormiu e comeu? onde festejou? onde chorou? onde orou? por quem se sacrificou? muitos "funcionários de Deus" deste século continuam a perceber tudo ao contrário, ou seja, comem com quem lhes dá prestigio; escolhem únicamente por interesses; não procuram, esperam que os procurem, para se sentirem bajulados; falam a quem lhes interessa falar e ignoram o que não deviam ignorar; julgam-se detentores do perdão humano e escolhem condenar, condenar; imiscuem-se nos jogos politico-partidários e afastam-se dos antros da pobreza e do sofrimento humano; passeiam-se em carros luxuosos e vestem-se como reis; escolhem mesas fartas e recebem luxuosas oferendas; para os ricos e poderosos têm sorrisos e perdões magnânimos, missas reais, espectáculo e mais espectáculo e para os desgraçados, doentes, famintos e desempregados, nem uma palavra, ou melhor, muitas palavras apenas...
(nota: também existem aqueles que conhecem verdeiramente o seu "mestre" e o seguem sem nada ter e sem nada pretender. mas destes não reza a história).
do evangelho:
"vinde a Mim todos os que andais afadigados e oprimidos e Eu vos aliviarei" (Mt. 11, 28)