acto civilizacional e cultural tremendo, sem arados, sem fecundação da terra, provavelmente, muito daquilo que constituem as sociedades do mediterrâneo (e outras do planeta), conjuntamente com os seus rituais, seriam outra coisa qualquer. as práticas agrícolas tradicionais (mecanizadas ou não), a criação de gados em modos de pastoreio extensivo, impõem-se como modelos sustentáveis e equilibrados. é o único itinerário possível para termos um "terroir" de referência, com os seus produtos e as suas promoções verdadeiramente eficazes: queijo de cabra e ovelha com leites provenientes de pastoreios extensivos e retornos dos modos tradicionais, horticolas que não tenham tamanhos desmesurados e acompanhem a sazonalidade (isentos da tal insipidez alimentar) com saber-fazeres tradicionais (isentos das práticas da agro-industria e consequentes químicos altamente agressivos para a saúde humana) enchidos que respeitem a temporalidade do fumeiro e da salgadeira, sem auxilio de "químicos conservantes", pão apenas e simplesmente com farinha, água e fermento (cozido em fornos a lenha), ritmos de vida pautados com os tempos de festa e de descanso, com musica, petiscos e vinho tinto (esqueçam os extremismo da medicalização da vida e divirtam-se, riam à farta e encham, façam deveras o coração explodir de alegria, celebrem a vida em permanência)...