quarta-feira, julho 19, 2017

ASSOCIATIVISMO, CENTROS HISTÓRICOS....


em termos daquilo que é o papel das associações locais, urge auscultar as suas actuações no presente, pois para mim o grande desafio é precisamente os incentivos à participação na vida colectiva, fazer com que as pessoas tenham, muito para além das suas vidas profissionais, tenham essa urgente, activa e necessária vida cultural. no caso da vila idanhense, onde algumas destas associações mantêm as suas sedes na zona histórica (Club União Idanhense, Filarmónica Idanhense, Casa do Benfica), urge perspectivar-se,  em termos de iniciativas diversas, estes polos como eixos de agregação dessa mesma vida cultural neste perímetro urbano histórico. ouvi recentemente algumas opiniões de sócios do C.U.I defender uma eventual mudança da sede desta centenária instituição para o actual centro administrativo da vila. não poderia haver maior erro que estas visões em torno da modernidade e os futuros utópicos. um centro histórico de qualquer aldeia, vila ou cidade, é para para além de muitas outras coisas, (ou pelo menos pretende-se que assim seja) um altíssimo polo agregador da vida cultural, pois os patrimónios que o identificam e (re)significam não podem ser convertidos numa mera paisagem museográfica (no sentido dos objectos em vez das pessoas), onde a necessária vida quotidiana e cultural que os animava se plasma num conjunto de pontuais iniciativas festivas. é necessário ir mais além, olhar para estes lugares como desafios problematizantes, até porque na sua grande generalidade, acompanham preocupantes endémicas desertificações (definhamento do tecido económico, abandono patrimonial, insegurança, etc). ainda assim, o caso de Idanha-a-Nova, traz-nos iniciativas contrárias a muitos outros centros históricos do país, pois o município mantêm alguns serviços nesta zona (arquivo municipal, acção social, etc), tal como os serviços da segurança social. são pequenas iniciativas deste género que fazem toda a diferença na vida social e cultural dos centros históricos. 

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