(michele bressan)
e de repente por todos os recantos deste país em pré-campanha eleitoral tudo é povo, de lés-a-lés surgem os lemas "das pessoas no centro de tudo", como se vivêssemos todos um enorme renascimento colectivo. mas nunca, mesmo nunca, os primeiros lugares serão para o povo e para as "pessoas comuns". na maioria dos municípios (principalmente nas capitais de distrito) a saúde e a educação são equacionados como prioridades imprescindíveis (bastou o vislumbre do debate na capital), mas o que a realidade nos diz é precisamente o contrário: hospitais e centros de saúde mais pobres, com menos especialidades, listas de espera mais longas, falta de médicos no interior, milhares de pessoas que abandonam os tratamentos face aos custos dos medicamentos....na educação desinvestimento em equipamentos, em livros para apetrechar as bibliotecas, em tecnologias, em qualidade de ensino, em prestigio de quadros docentes, em medidas de incentivo à formação continuada e especializada, falta de aproveitamento dos recursos endógenos especializados, falta de atenções redobradas para as condições de vida das populações, para as assimetrias sociais...feliz será aquele município que seja reconhecido pelos melhores hospitais e unidades de saúde, as melhores escolas do país, os melhores alunos, a melhor saúde dos seus habitantes, a menor pobreza possível, etc...etc...este seria o melhor dos municípios e este seria o melhor dos países...
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