domingo, dezembro 30, 2007

MOMENTOS 2007....



Albarracin-Espanha, 2007.



A TODOS OS QUE VISITAM ESTE LUGAR VIRTUAL, UM BOM ANO DE 2008!

BEM HAJAM A TODOS!

MOMENTOS 2007....






Santo André, Estrelinha do mar, do vento e da terra...meu centro cósmico!

Eis o teu mar...

MOMENTOS 2007....






Passeio pedestre em Yuste (La Vera-Espanha), 2007.


Despeço-me deste ano 2007 com fragmentos do tempo, afinal o que é o tempo?

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Arquitectura tradicional



Palheiro em xisto, Cegonhas, 2007.

Ainda vão assinalando no espaço urbano renovado das aldeias estas arquitecturas tão importantes relacionadas com o labor dos campos e com os animais de carga e de transporte (burros, machos, éguas). Seria de capital interesse a elaboração de um inventário exaustivo sobre estas construções tradicionais. Pois, como é sabido, elas constituem uma das expressões culturais mais significativa de cada estrutura socio-economica; é a expressão da experiência histórica de cada colectivo.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Cantares de Natal, Salvaterra do EXtremo


Deixei o meu gado,

Deixei-o perder

Por ver o Menino

Que estava a nascer


Vós sois Cristo,

Vós sois nobre,

Hoje é o dia.

Bendito, adoremos.


Deixei o meu gado,

Deixei quanto tinha

Por ver o Menino

Na sua lapinha.


Vós sois Cristo, etc.


Deixei o meu gado,

Deixei-o na serra

Por ver o Menino

Na sua capela


Vós sois Cristo, etc.


Vinde pastores,

Vinde serranas

Adorar o menino

Da Virgem Soberana


Vós sois Cristo, etc.


in Jaime Lopes Dias, Etnografia da Beira.


A quadra natalícia, principalmente nos meios rurais, projecta um intenso frenesim de imaginários pastoris demasiado presentes na memória colectiva das comunidades. A musicalidade que preenche e aconchega o ritual está repleta de elementos fascinantes. Elementos que traduzem, ou traduziram, em parte, a vida quotidiana dos grupos, em conexão permamente com outros fluxos extra-local. Nesta quadra recolhida por Jaime Lopes Dias, aparecem os elementos serra e serranas, terá alguma coisa a ver com a vinda dos serranos para estas terras raianas?? é possivel, pois Salvaterra era um dos destinos mais procurados pelos transumantes. Fica a duvida!


quarta-feira, dezembro 19, 2007

O CICLO PASTORIL E SUA GESTÃO



O ciclo pastoril é gerido com a máxima prudência pelo pastor. O rebanho, é o seu foco primordial, o seu centro cósmico, tudo parte desta fecunda relação, entre o pastor e o seu rebanho. É necessário vender a criação, escolher as melhores fêmeas para substituir as perdas, tudo tem que continuar na óptica da maximização. Por vezes também se equacionam as emoções, aquele borrego com uma estrelinha na testa, a cor, a aquele que pelo seu caracter dócil se assemelha a um cão, perseguindo os passos do pastor, aquele que agrada tanto à sua mulher como à sua neta, etc. Porém, na escolha das borregas (porque os machos são na maioria todos vendidos), prevalece a questão hereditária, ou seja, quando as mães são de boa qualidade, a escolha está definida. Por outro lado, a melhor altura para vender borregos, é precisamente a época de Natal, daí que tudo esteja calculado e gerido para que em finais de Outubro e inicios de Novembro se efectuem as parições. Tudo está calculado, épocas de fartura e épocas de magreza. Geralmente, os pastores vendem os borregos a peso morto, ou seja, depois de devidamente mortos no matadouro e desmanchados. Porém, também é costume vender a olho e a peso, tudo depende do ano e das respectivas economias nacionais, assim como locais. Como me comunicou um pastor " É conforme o ano, este ano foi um ano bom!".

segunda-feira, dezembro 17, 2007

A IMPORTÂNCIA DO PATRIMÓNIO IMATERIAL


(Fonte: UNESCO)
ATLAS DAS LINGUAS DE AFRICA EM PERIGO DE DESAPARECEREM...

sábado, dezembro 15, 2007

AINDA A GAITA DE FOLES...



A dimensão festiva pautada pela sonoridade da gaita-de-foles.

sexta-feira, dezembro 14, 2007

GAITA DE FOLES



Tudo em prol de um importantíssimo instrumento musical que pauta as diversas ritualidades dentro do mundo pastoril. Aliás, a sua tão caracteristica sonoridade é presença obrigatória nas novas encenações festivas ligadas ao mundo pastoril.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

REVISTA ETNOGRÁFICA



Já se encontra à venda o último número da revista ETNOGRÁFICA, editada pelo CEAS (centro de estudos de antropologia social, do ISCTE). Neste fabuloso volume, destacam-se os contextos de mudança ligados ao mundo rural.


O conteúdo:


Determination and chaos according to Mozambican divination
Paulo Granjo

Contacto, conhecimento e conflito. Dinâmicas cultuais e sociais num movimento evangélico cigano na Península Ibérica
Ruy Llera Blanes

DOSSIÊ: Usos da ruralidade

Usos da ruralidade: apresentação
João Leal

“A poesia dos simples”: arte popular e nação no Estado Novo
Vera Marques Alves

O comunismo mágico-científico de Alves Redol
José Neves

“A caminhada até às aldeias”: a ruralidade na transição para a democracia em Portugal
Sónia Vespeira de Almeida

A procura do turismo em espaço rural
Luís Silva

Usos da ruralidade na arquitectura paisagista
Sandra Xavier

AULA ERNESTO VEIGA DE OLIVEIRA

“Aromas de urze e de lama”: reflexões sobre o gesto etnográfico
João de Pina Cabral

OFÍCIO

Itinerário de aprendizagens sobre a construção teórica do objecto saber
Telmo H. Caria


COMENTÁRIO

East and West. Orientalism, war and the colonial present
Jackie Assayag


RECENSÕES

Luís Cunha
Memória Social em Campo Maior
Por Eduarda Rovisco

Maria Antónia Pires de Almeida
A Revolução no Alentejo
Por Paula Godinho

Dinâmicas do Mundo Rural
Por Luís Cunha


Mais informações: http://ceas.iscte.pt/

terça-feira, dezembro 11, 2007

PARA PENSAR...





Aludindo a um conjunto de expressões utilizadas em inúmeras obras acerca do tão enunciado e desbravado conceito de património, deixo-vos a incessante procura da chave:

"Alquimia do património" (Lamy, 1996); "Paixão patrimonial" (Guillaume, 1980); "Reinvenção do património" (Bourdin, 1984); "Loucura patrimonial" (Jeudy, 1990); "Alegoria do património" (Choay, 1992); "Patrimomania" (Martin-Granel, 1999).

sábado, dezembro 08, 2007

EL REAL FUERTE DE LA CONCEPCION






RUINAS DO REAL FUERTE DE LA CONCEPCIÓN, Aldea del Obispo (Castilla y Leon-Espanha).

Situada na linha fronteiriça raiana, a Aldea del Obispo traça uma linha simétrica perfeita com a histórica vila portuguesa de Almeida. Numa das minhas intermitentes viagens andarilhas pela tão fascinante linha raiana denominada fronteira que demarca como também aproxima duas nações, deparei-me no meio de um local ermo, com um ruinoso conjunto arquitectónico sublime. Aqui deambulei algumas horas pelos confusos espaços fascinado. Trata-se de um local realmente magnifico. Vim depois a saber que existe um pequeno museu local e alguns guias explicativos deste histórico lugar. Aqui nos vos deixo alguma dessa informação recolhida:

"RUTA DE LAS FORTIFICACIONES DE FRONTERA.
Aula Histórica del Real Fuerte de la Concepción

Tras sesenta años de unión de las Monarquias ibéricas, la proclamación del Duque de Braganza como rey de Portugal desató una guerra que duraria veintisiete años y provocaria la reorganización del antiguo sistema fronterizo. Durante los años 1661 a 1664 se desarrollaron en la área salmantina las operaciones del Duque de Osuna al mando de las tropas españolas.
Para la mejor defensa del área del Campo de Argañán, decide el Duque erigir una fortificacion en el término de Aldeia del Obispo, frente a Vale da Mula y distante una legua de Almeida. El 8 de Deciembre de 1663 comienzan los trabajos en lo que se conoceria como El Real Fuerte de la Concepción, en cuya construcción participaron 3.500 hombres durante tan solo dos meses. La obra se compone de un único edificio de planta cuadrada hecho de tierra y madera, con un baluarte en cada esquina, y rodeado de un foso.

El consejo de Guerra decidió demoler el Fuerte a finales del mismo año, ante las derrotas del Duque en la comarca y la retirada de sus ejércitos, con lo que el mantenimiento del Fuerte de la Concepción resultaba sumamente costoso y arriesgado por su proximidad a la linea portuguesa. Su destrucción se llevó a cabo en Octubre de 1664.

La situación de indefensión en toda la frontera de Castilla frente a las incursiones portuguesas va a provocar la reconstrucción del Fuerte de la Concepción en la época de Filipe V, comenzandose a construir una nueva fortaleza en el eño 1736 (...) a lo largo del siglo XVIII tan solo es utilizado en una ocasión por el Conde de Maceda durante su ofensiva sobre Almeida, teniendo también escaso uso posterior. En el siglo XIX la vida útil del Fuerte se limita a la Guerra de la Independencia, quando es utilizado alternativamente por tropas francesas e hispanas, portuguesas e inglesas en las distintas ofensivas que se emprenden en la zona.

El general inglés Craufurd dinamitó el Fuerte en el dia 20 de julio de 1810 para proteger su retirada ante el avance de los franceses, dejando completamente inutilizada la construcción, y en unas condiciones de ruina próximas a las que se conserva en la actualidad."

(in Folheto explicativo distribuido pela Aula Histórica)

sexta-feira, dezembro 07, 2007

A TRANSUMÂNCIA


(foto-Maison de la Trashumance)

Esta poderosa imagem diz-nos tudo acerca do que é (ou do que foi) uma transumância a pé.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

ARQUIVOS DA MEMÓRIA



O Centro de Estudos de Etnologia Portuguesa da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa acaba de lançar mais um brilhante número onde se equaciona um diversificado rol de problemáticas de capital interesse. Para além das temáticas serem de extrema importancia e actualidade, o Centro disponibiliza a publicação on-line totalmente gratuita.

Aqui vos deixo o contacto: http://www.fcsh.unl.pt/antropologia/

segunda-feira, dezembro 03, 2007

COZINHAS DA MEMORIA


Espaço de uma antiga cozinha, Salvaterra do Extremo, 2006.

Este conjunto de objectos ligados ao espaço da cozinha pretencem hoje à classe de objectos decorativos. Passaram a enquadrar o espaço decorativo da casa, aparecem com frequência nos diversos espaços da casa. Aliado a estes objectos construiram-se memórias, hoje recordadas não apenas na sua materialidade fisica, mas também naquilo que têm de imaterial, ou seja, o seu ritual festivo de utilização ao longo do ano, as práticas culinárias, as suas nomenclaturas, os inumeros acontecimentos que cada uma narra, a pessoa que os fez, etc. Por outro lado, hoje muitos destes objectos ocupam um lugar central nas novas encenações patrimoniais, preenchem esse passado reinventado que nunca foi passado, tornam-se emblemas identitários, são portanto parte desse alucinante discurso patrimonial. Afinal não eram apenas as bacias, as sertãs, os alguidares que se utilizavam durante a matança do porco???

domingo, dezembro 02, 2007

sábado, dezembro 01, 2007

SIMPOSIO ARCHIVO Y FONDOS DOCUMENTALES PARA EL ARTE CONTEMPORANEO



Decorreu nos dias 29, 30 e 1 de Dezembro de 2007 na cidade de Cáceres (Espanha) um conjunto importantíssimo de palestras relacionadas com arquivos, fundos documentais e arte contemporânea. O grande proposito deste brilhante evento foi a memória e obra de um dos maiores artistas do século XX , WOLF VOSTELL (1932-1998). Obra essa que pode ser vista nas antigas instalações de um histórico lavadouro de lãs, convertido ainda pelo artista em Museo Voltell Malpartida (Malpartida de Cacéres). Um lugar mágico, cheio de boas energias e que vale mesmo, mesmo, mesmo a pena visitar!!