quarta-feira, fevereiro 18, 2009

(ramage)




todas as noites pela madruga silênciosa acordo, acendo a pequena luz do candeeiro e tal como um moribundo perdido na imensidão silenciosa da noite procuro essa visão iluminada. esse extase chamânico. essa vertigem liquida. leio platão e sereno os pensamentos.

"De facto, Atenienses, temer a morte não é senão julgar-se sábio sem o ser, pois é crer que se sabe o que não se sabe.
Ninguém conhece o que é a morte e se ela não é, porventura, para o homem o maior de todos os bens. No entanto, teme-se como se se soubesse que ela é seguramente o maior dos  males.
Ora, julgar saber o que se ignora, não é a mais condenável de todas as ignorâncias?"

Platão, Apologia de Sócrates, p.46.

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