quinta-feira, outubro 15, 2009

A SEGUNDA VIDA DO PATRIMÓNIO


numa rua de penha garcia "jaz" este insolito elemento bélico proveniente desse nostalgico lugar chamado "passado". pelos vistos, alguém o (re) utilizou e lhe deu uma nova vida. ora aqui está um exemplo claro do que é a ficção patrimonial. até poderia estar num qualquer museu, limpinho e protegido das agressões naturais ou numa qualquer ruina, mas não... e acho muito bem, se é funcional e se as pessoas o "adoptaram" como sendo um elemento estetico da memória dessa mesma rua. e porque não?

2 comentários:

a d´almeida nunes disse...

Mas ninguém, com responsabilidade na matéria, ainda não reparou neste "insignificante" cenário?

E no seu significado?

António

eddy disse...

Amigo António, pelo significado simbolico e estético que este elemento bélico assumiu nesta mesma rua, seria preferivel que continua-se ali mesmo. até se evidência mais pela sua apropriação da parte da própria aldeia, tornou-se num elemento constituinte dela mesma, faz parte dessa complica amalgama identitária que a singulariza, peculiariza, "tradicionaliza"...por outro lado, responde às muitas ansiedades das tão actuais politicas patrimoniais, principalmente através da sua função social. veja-se a quatidade de toponimos que hoje povoam as muitas ruas das aldeias, fazem parte dessa imensa apropriação dos lugares, contam histórias, acontecimentos, simbolizam elementos que hoje já lá não estão, encerram o âmago dessas sociabilidades geradas nos espaços.


um abraço