como me assustam esses copiosos habitantes das teias de aranha inertes que tudo retêem e nada inovam. imóveis e solenes do seu poder cosmético de tremuras. adoptam a repetição do casúlo em vez da audácia, da ambição de sonhar. tudo fazem para que o cosmos seja apenas o que as suas mãos alcançam ou conseguem alcançar e deveras *"tudo" conseguem alcançar. mas daí, nada se espera a não ser bolor. pois o acto de criar e de inovar está nos audázes e nos sonhadores, naqueles que conseguem chorar de alegria mesmo quando falham. é urgente ultrapassar a monotonia insalubre, ter a humildade de perceber e dar a perceber que os outros também nos podem ensinar com os seus mundos particulares e gerais, dar lugar, evidenciá-los, estar com eles, sorrir com eles, sonhar com eles. porém, pelo contrário, eles teimam em odiar e fazer odiar, olhar apenas para dentro dos seus feudos, desconhecendo e fazendo tudo para desconhecer que o sonhador já voa há muito a plena liberdade...
DOCUMENTO FOTOGRÁFICO
Há 11 anos
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