celebração da "divina santa cruz", monsanto, 2012.
celebrou-se hoje, mesmo debaixo de uma chuva intensa mas purificante, esta extraordinária manifestação de religiosidade popular. um cortejo que se iniciou no lugar (a lajinha) onde se prepara e embeleza de flores o denominado "pote" e que posteriormente culmina no alto do castelo com o gesto ritualizado de lançamento deste mesmo "pote" ao abismo com a frase "lá vai o pote". destaco toda a carga estética e a efemeridade deste "pote" florido (os tais patrimónios efémeros que relativizam toda a ideia e discursos associados às lógicas de protecção de patrimónios, revelando por outro lado o dado que em todas as sociedades, para se reproduzirem, destroem), os cânticos/letras e as tocadoras de adufe e toda a simbólica das "marafonas". uma remota e vitalizante energia que ainda e também nos renova...
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