quarta-feira, março 11, 2015

SIMBOLISMO DA EFEMERIDADE DA VIDA (E DOS SEUS PRAZERES)

El árbol de la vida, Ignacio de Ríos. 1653


 o momento efémero da curta duração da vida humana pela Terra ou em termos mais genéricos a brevidade do tempo terreno em conjugação com os seus prazeres, é das dimensões mais angustiantes e dramáticas da vida humana. pródiga de actividade ritual  (morte, culto das almas) que as sociedades rurais lhes dedicam:  " lembra-te ó homem que és pó e em pó te hás de tornar" "alerta, alerta que a vida é breve e a morte é certa". aqui, nesta pintura do sec. XVII, a representação simbólica do alerta para esta mesma brevidade está notavelmente brilhante, principalmente naquilo que é o detalhe da farta mesa onde está representada de forma satírica a nobreza da época e os seus prazeres. o alerta "sonoro" que a figura de Jesus Cristo alude, o pequeno demónio num trabalho técnico de astúcia em prole da hecatombe final, esse desfecho repleto de imprevisibilidade que o interromper da vida sempre deixa...  

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