Encomendação das almas, Medelim.
consultar: http://www.ipmuseus.pt/
... quanto à imagem que ilustra este post, trata-se de uma encomendação das almas efectuada na encantadora aldeia de Medelim (Idanha-a-Nova). Esta prática assenta, muito resumidamente, num conjunto de cânticos executados por um grupo misto de homens e mulheres (pode variar de aldeia para aldeia), geralmente vestidos de luto, que se reúnem todas as sextas-feiras da Quaresma, normalmente à meia-noite, para percorrerem os pontos mais elevados da aldeia e em cada um destes entoarem os respectivos cânticos tristes acompanhados de algumas rezas.
4 comentários:
Bem me lembro de ouvir alguns desses cânticos, na minha aldeia, a voz da minha mãe a sobressair, tão forte e límpida ela era.
Hoje, já tem 83 anos mas ainda está de saúde.
Que saudades, ainda não foi este ano que lá voltei...
António
Meu caro Eddy
Quando se apagar a voz dos velhos nada garante que a sua sabedoria não se apaga com ela.
um abraço
Meu caro:
No Minho de antanho – mas já não tenho notícia de se fazer actualmente – fazia-se na Quaresma uma cerimónia parecida, chamada «O BOTAR DAS ALMINHAS».
Um homem subia a um ponto alto da freguesia e depois da primeira badalada do sino, dizia estas palavras «ALERTA, ALERTA, A VIDA É CURTA E A MORTE É CERTA», e começava a rezar um Padre-Nosso e uma Ave-Maria em tom triste, por sufrágio das almas do Purgatório. O povo, das suas casas, abria os janelos e rezava em conjunto com o «botador das almas». O tempo tudo levou!
Mas foi com plena satisfação que vi tal ancestral prática aqui relembrada e até ensaiada. Boa semana e bem-haja!
Ao alexandre Castro, peço imensa desculpa, mas apaguei sem querer o seu comentário. Fica o meu agradecimento pela sua visita.
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