eis que chega a manhã fria de janeiro. alva nas pedras das casas. nas ruas da vila serpenteam vesgos vultos que procuram com as mãos esses bolsos de lume. na mercearia as portas abrem-se ao calcorrear tremido da carrinha do pão. as praças e as suas arquitecturas redondas estão vazias e silênciosas. nenhum vagabundo se aninha e se protege nas suas curvas que emanam cheiros nauseabundos. aliás já não há vagabundos em nenhuma fria manhã de janeiro desta vila.
DOCUMENTO FOTOGRÁFICO
Há 11 anos
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