(rosmaninhal, 2009)
numa destas semanas um grupo de pessoas amigas deambularam pelas aldeias da raia do concelho de idanha-a-nova à procura desses aromas tão caracteristicos das povoações rurais já quase sem ruralidade. uma estranha evidência fê-los meditar: onde estão as pessoas? perguntavam-me com alguma preocupante apreensão. este é um dos factos mais evidentes nestas aldeias em progressivo envelhecimento. aliás, por todo o interior de portugal se nota esta fatalidade. aldeias imensas sem ninguém nas ruas, como se de repente toda a população emigra-se, deixando um tremendo e desconcertante eco de vazio. como as próprias imagens ilustram, elas documentam um qualquer dia da semana na aldeia do rosmaninhal. são ruas imensas em total silêncio. espaços que outrora foram preenchidos com o fervilhar das vidas, hoje estão completamente esquecidos. como se (re) pensa esta ausência de vida? que politicas poderão reconverter esta fatalidade? o que podem fazer os agentes dos municipios e das juntas de freguesia?
tendo em consideração a complexidade que esta conjuntura constrangedora impõe e salvaguardando as devidas metodologias de análise, penso ser urgente (re)pensar projectos com e para as pessoas que nestes locais habitam. quanto a mim, não faz qualquer sentido desenhar eloquentes projectos para estes territórios sem que se pense e equacionem estas mesmas lógicas de reconversão. o que trazem de novo para as pessoas que aqui vivem?
1 comentário:
Quase em simultâneo no blog: Tudo de Novo a Ocidente. Que Fazer?
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