Como a luz desta encantadora cidade me fascina? Mesmo depois de deslumbradas e infinitas visitas, mesmo depois de cansar sem cansar o mais encantador dos deslumbramentos, ela, a cidade, continua noiva desse tempo perdido. Hoje, passeio devagar, calcorreo as suas ruas escancaradas para o mar, aproveito para descansar nas suas dobras, tal como os passáros extasiados nos altivos e incendiados beirais. Fico quieto, como um velho decifrador das matemáticas das sombras e dos gestos, observo a lassidão a trespassar este dia, o mar e os inúmeros barcos dos pescadores em laudanizantes esperas. Desloco-me e transcrevo-me para um velho caderno encardido.
2 comentários:
belíssimo texto e imagens andarilho, e eu que sou pouco de superlativos, aqui o digo , mudo....
A si o meu chapéu que dantes era só vénia , submissão gestual , distância
social....
Agora a arte ....
apreço
apreço
jdrm
Bem hajas Caro amigo J. Marto.
Um "saludo" da Beira Baixa
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