o que caracteriza esta encantadora arquitectura dita alentejana é, essencialmente, a ausência de pisos superiores. também a falta de afloramentos rochosos e a abundância de terrenos argilosos moldaram aqui um importante conjunto de técnicas de construção, as denominadas arquitecturas em terra (a construção em taipa alentejana). esta utilização de materiais mais maleáveis (calcários moles e friáveis, mármores, arenitos etc) permitiu, fundamentalmente, desenvolver um conjunto fascinante de técnicas onde se combinam magistralmente a fantasia com um saber-fazer técnico, especializado. Deste modo, constroem-se arcos, abóbodas, paredes extraordinariamente decoradas, nichos, poiais e, sobretudo, as encantadoras chaminés. com o seu devido tempo, apresentarei aqui novas tipologias.
DOCUMENTO FOTOGRÁFICO
Há 11 anos
1 comentário:
Sou minhoto, como sabe, mas quando regressei do exílio no Brasil, em 1974 fui viver e trabalhar para o Alentejo. Para mim fui um espanto, fiquei verdadeiramente impressionado com tudo, as cantigas, a arquitectura, a paisagem, o povo, a planície. Tão diferente do meu idolatrado Minho e da cidade do Rio de Janeiro. Fiquei em êxtase! Este seu interessantíssimo artigo – como os demais, claro – abriu-me o cancelo da saudade dos cinco anos que vivi em Beja.
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