(famalicão (serra da estrela), 2005)
caderno de campo nº4, 6 de junho de 2005, 16: 30: "paramos em famalicão. numa das ruas estão umas mulheres a dobar, utilizam o andarilho. sobre esta peça dizem-nos "que dá jeito, escusa uma pessoa de estar a segurar no fio". mais à frente encontramos uma porta aberta de uma loja de uma das casas tradicionais, entramos. lá dentro estão alguns cestos pendurados. vem uma mulher e um homem e diz-nos que é cesteiro. convida-nos a ver a sua oficina. pergunto como se chama: soletra o seu nome devagar António Augusto Venâncio. entretanto, foi nos mostrando as suas ferramentas e os seus cestos. indica-nos um utensilio que diz ser muito antigo "este banco de alisar a madeira já tem muitos anos". como matéria-prima utiliza o vime e o castanho. diz-nos ainda que na aldeia também vive um homem que empalha garrafões de vinho e outro que faz bonecos de madeira de castanho. aponta para um dos cestos e diz "estes eram para as batatas, estes eram para as vindimas, este é o da mulher ir à praça". começou aos 10 anos, aprendeu com o seu pai e andou por diversas aldeias a vender cestos. no fim despedimo-nos e compramos um cesto".
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